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sexta-feira, 21 de junho de 2013

ORIENTAÇÃO SEXUAL EM ESCOLAS


A orientação sexual em escolas seria desnecessária se os pais pudessem se encarregar totalmente do preparo de seus filhos, considerando não só a instrução sobre os fatos da sexualidade humana, mas principalmente permitindo, desde os primeiros momentos da vida, um bom desenvolvimento de sua libido, juntamente com o desenvolvimento de toas as suas demais potencialidades.
Como, ao contrário, cada vez mais os pais entregam a responsabilidade da educação dos à escola, esta se viu na obrigação de satisfazer, pelo menos, as necessidades de conhecimento da biologia da reprodução. Poucas são, entretanto, as escolas que têm condições de esclarecer as peculiaridades do comportamento sexual humano no que tange à moral e aos costumes vigentes.
Nós estamos de acordo com aqueles que postulam a integração da orientação sexual a um programa didático mais amplo, do qual façam parte outros assuntos tais como: higiene e cuidados pessoais, princípios de saúde física e mental, prevenção de acidentes, prevenção de doenças, sociabilização e relações humanas, orientação profissional, etc. A verdadeira função da escola é esta, a de preparar o indivíduo para a vida em todos os seus aspectos.
Com a adoção oficial da Educação Sexual nos currículos das escolas em nosso País, trata-se agora de cumprir esta necessidade de ensino de maneira mais fácil e rápida, o que nem sempre pode ser considerado o melhor.
Convidar sexólogos para conferências eventuais, que não oferecem ao aluno oportunidade de novos contatos para outros esclarecimentos, não parece a melhor solução. De outro lado, a própria equipe da escola tem a tendência de não aceitar bem a interferência de elementos de fora em assunto tão inquietante, realizando dessa forma um verdadeiro boicote inconsciente ao ensinamento.
Por isso, o mais adequado será preparar orientadores escolhidos entre os elementos que compõem a equipe escolar, desde que ofereçam as qualidades básicas necessárias à realização de tal tarefa.
Não esqueçamos que é tão importante o modelo de conduta e a naturalidade no trato de tais assuntos, quanto o conteúdo das palestras.

Insistimos, portanto, que a equipe escolar caberá dar orientação sobre vários aspectos da vida humana, incluindo a orientação sexual, dentro de um contexto definido que atenda ao momento de maior interesse e a necessidade e a necessidade dos alunos. Aos especialistas caberá um papel muito mais objetivo, qual seja, o de preparar educadores nesta área.

SOUSA, Ronald Pagnoncclli. A educação sexual de nossos filhos: uma visão contemporânea.
Ronald Pagnoncclli de Sousa e Luiz Carlos Osório – Porto Alegre, Globo, 1980.


Responda as perguntas que seguem em seu caderno através da exploração do texto.

11. Pode se perceber pela leitura do texto que os pais e as escolas não tratam corretamente ou nem tratam da questão sexual de crianças e adolescente. Por que isso acontece?
22. De que forma a orientação sexual nas escolas seria desnecessária? Mas por que isso não acontece?
33. Qual é a verdadeira função da escola segundo o texto?
44. Por que a orientação sexual deve existir nas escolas?
55. Qual seria a decisão mais coerente no que diz respeito a orientação sexual nas escolas?
66. O que deve fazer a equipe escolar?
77. Você já recebeu ou recebe orientação sexual dos pais ou responsáveis. Comente como foi (ou é) essa experiência? Poste esta resposta no link comentários abaixo.